O que é maternidade real? Maternidade não é um mar de rosas, como nos filmes ou nas propagandas de margarina.
Aliás, quem já viveu isso sabe: entre noites mal dormidas, fraldas trocadas de madrugada e um turbilhão de emoções, nasce uma mãe — e com ela, muitos desafios.
A maternidade real não tem filtro. Mas, ela vem com alegrias genuínas, porém, também com exaustão, culpa, medo e aquela sensação de não dar conta.
Dessa forma, se você está se sentindo assim, saiba: você não está sozinha. Então, prepare uma xícara de chá, respire fundo e venha comigo nessa conversa, de mãe para mãe.
O que é maternidade real — e por que precisamos falar sobre isso?
A maternidade real começa antes mesmo do bebê nascer.
Como foi pra você ver aquele teste positivo? Uma alegria planejada? Uma surpresa que te tirou o chão? Ou um misto de tudo isso?
Desde aquele momento, tudo muda. O corpo, a mente, a rotina, os planos. E as perguntas vêm aos montes:
- Será que é menino ou menina?
- Como vou montar o quartinho?
- Vou dar conta de tudo isso?
Nesse sentido, por fora montamos enxoval, mas, por dentro construímos coragem.
A maternidade real está nas dúvidas, nas lágrimas silenciosas, nas escolhas difíceis que ninguém vê — e que nem sempre cabem em uma legenda de Instagram.
A diferença entre a maternidade idealizada e a vida como ela é
Nas redes sociais, tudo parece mágico: bebês sorridentes, mães plenas e quartos impecáveis. Mas a vida real é feita de caos e afeto ao mesmo tempo.
Ser mulher já é um grande desafio — e ser mãe adiciona mais uma camada à nossa rotina multifuncional.
Uma vez que, na maternidade real, tem:
- Choros do bebê (e nossos também);
- Fraldas trocadas às pressas às 3 da manhã;
- Comida que esfria porque o bebê acordou na hora do almoço;
- Dúvidas que, mesmo pequenas, tiram o sono.
Falo por experiência. Quando a Maria Alice era recém-nascida, mesmo com apoio do meu marido, da família e da ajuda de uma babá, houve momentos em que me senti esgotada.
E sei que nem toda mulher tem esse suporte. Por isso, é urgente falarmos sobre o peso invisível que muitas mães carregam sozinhas.
Maternidade real e os sinais de sobrecarga emocional
A maternidade não vem com manual de instruções — e, entre tanta responsabilidade, é fácil ignorar os sinais de esgotamento. Mas eles existem, e precisam ser levados a sério.
Então, veja se você reconhece algum desses sintomas nos últimos dias:
1. Cansaço constante
Mesmo depois de dormir, você acorda exausta, como se não tivesse descansado.
2. Falta de paciência
Nesse aspecto, você sente irritação com pequenas coisas e explosões emocionais inesperadas.
3. Sensação de viver no automático
Nesse sentido, você se percebe no modo robô, sem sentir presença real no que faz.
4. Vontade de chorar sem motivo
As emoções estão à flor da pele? Então, você não está sozinha.
5. Dificuldade de concentração
Lapsos de memória, esquecimentos, perda de foco.
6. Isolamento
Nesse sentido, você pode sentir vontade de se afastar até das pessoas que você ama.
7. Culpa constante
Sentir que não está sendo uma boa mãe — mesmo estando exausta de tanto tentar.
8. Dores físicas
Perceba dores físicas, como, por exemplo: Dores de cabeça, no corpo, insônia, imunidade baixa.
Cuidar de si mesma faz parte da maternidade real
Nós, mães, temos a tendência de cuidar de todos — menos de nós mesmas.
Mas a verdade é simples: se você não estiver bem, nada ao seu redor estará.
Cuidar de si não é egoísmo. É necessidade.
Você não é a Mulher-Maravilha. Não precisa carregar tudo nas costas.
Permita-se descansar, dizer “não”, delegar tarefas. Cuide de você com o mesmo carinho que tem pelos seus filhos.
Dicas práticas para equilibrar maternidade e saúde mental
Aqui vão sugestões que podem fazer diferença no seu dia a dia, mesmo com pouco tempo:
1. Separe momentos só seus
Pode ser um chá quente, um banho demorado, cinco minutos em silêncio.
Agende isso como um compromisso — tão importante quanto os do bebê.
2. Escreva seus sentimentos
Um diário simples ajuda a esvaziar a mente. Nesse aspecto, escreva sem julgamentos.
3. Converse com alguém
Falar com uma amiga, o parceiro ou uma terapeuta pode tirar um peso enorme do peito.
4. Seja gentil consigo mesma
Não existe mãe perfeita. Você está fazendo o melhor que pode. E isso é o suficiente.
5. Mexa o corpo
Faça uma caminhada, alongamento ou até dance sozinha. Movimento alivia o estresse.
6. Não se compare nas redes
A vida real é feita de caos, choro e muito amor. Porém, os filtros das redes sociais não mostram isso.
Maternidade real não é perfeição — é humanidade
A maternidade traz sim dúvidas. Porém, tenha calma! Você não vai ter todas as respostas. E nem precisa.
Uma vez que, cada fase do seu filho trará novos desafios! E além disso, novas descobertas também.
Sendo assim, se cobre menos. Se cuide mais. Peça ajuda.
E lembre-se: você não está sozinha nessa jornada tão intensa e linda chamada maternidade.
Então, se esse texto fez sentido pra você, convido a continuar no blog. Aqui, falamos de tudo com verdade, afeto e sem filtros.
Um abraço carinhoso, de mãe para mãe.
Até logo!
